quarta-feira, 23 de maio de 2012

Olhares de Walter Salles

Pensar em Walter Salles é pensar na infinita sensibilidade que desconstroi sentidos nas imagens que enquadra em seus filmes.Ontem na aula de teoria da linguagem,assistimos um trecho de Terra Estrangeira,filme do diretor,de 1995,que retrata o exílio em todas as suas definiçoes,enquanto delineia encontros e desencontos numa narrativa densa e coroada por um magistral preto e branco.Na historia,Manuela,a personagem de Laura Cardoso incute no filho o sonho de conhecer sua terra natal em Portugal,com o confisco das poupanças pelo plano Collor,Manuela morre ,o que leva Paco em busca de seu lugar,num exílio permeado de descobertas sobre si mesmo e sobre a realidade que escolheu para viver.Mais do que pensar na história,o depoimento de Walter Salles convida a um mergulho na imagem que deu origem à história,um barco naufragado em plena praia .Todo o universo que se criou a partir de uma pintura visualizada por ele em um singelo passeio às margens do Rio Sena,foram uma sucessao de imagens construidas por sua absurda capacidade de construir sentido e pintar cenários a partir de seu olhar para o mundo.O filme é belíssimo,mas a linguagem de Walter Salles ainda o é mais. Terra Estrangeira-Trecho http://www.terra.com.br/cinema/drama/terraest.htm

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