segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Impressões sobre Batman,o cavaleiro das trevas ressurge

Impressões sobre Batman-1 1)Marion Cotillard não colou como vilã.Ela é linda,excelente atriz, mas não me convenceu como fundamentalista..
2)O que é o Alfred?De todos os filmes,foi o que ,na minha humilde opinião,teve mais carga dramática,talvez por conta do roteiro.Linda a cena em que ele se despede de Bruce Wayne...
3)Lendo um texto sobre a construção do roteiro,aprendi sobre uma técnica,que consiste em dar uma certa ênfase a um objeto que será crucial no clímax da trama.É engraçado como ,na hora em que o Gary Oldman pôe o discurso no bolso,pensei:é isso!!!só achei a seqüência longa demais.Uns 2 segundos a menos ficariam mais leves na narrativa
4)Não me convenci com o vilão.Me parecia muito construído e artificial,em comparação com o saudoso Heath Ledger,que era descontrolado e visceral.Penso que o Tommy Lee Jones como two-faces e o Jack Nicholson como Coringa tinham essa pegada,mas Ledger extrapolou o espaço do vilão para se tornar a alma do filme.Minha seqüência preferida é quando ele e Batman estão sozinhos numa sala:
Adoro as falas:
" a moral deles é uma piada ruim.."
"as pessoas são tão boas quanto o mundo permite.."
"eu não sou um monstro,eu só estou na vanguarda...
"matar é fazer uma escolha."
É incrível como o Batman se torna um personagem menor,apenas fornecendo a deixa para que o Coringa brilhe e ele brilha,tresloucadamente,de forma incontrolável..Fico pensando como deve ter sido difícil dirigir Ledger,ou talvez sua preparação tenha sido absurdamente profunda,mas o Coringa que ele constroi tem uma força que transcende o filme.Senti muita falta desse descontrole na última parte da série. 5)As seqüências de ação são sempre muito boas,afinal Hollywood é onde a indústria cultural encontra sua força maior,mas de fato é impossível,em um ambiente feito para desconectar o público do cotidiano e amarrá-lo a uma outra realidade,não pensar no episódio do cinema no Colorado.Ai de quem entrasse com uma mochila no Cinemark.
6)Penso que o uso de primeiro plano nas seqüências entre o Alfred e Bruce foi uma escolha acertada do diretor..A escolha dos tons azulados dentro da Mansão Wayne também foi boa,na modesta opinião desta blogueira
7)Não pude deixar de fazer uma conexão entre a fuga da prisão e o mito da caverna..Mas é claro que até o tapete do Cinemark sabia que Bruce iria conseguir escapar..E os ortopedistas que por eventualidade assistiam o filme devem ter saído da sala,revoltados,quando Bruce simplesmente levantou e andou,apos uma lesão que pretendia ser permanente..coisas do cinema.
8)Gostei da forma como o roteirista(ou o diretor)terminou o filme,pela simples sugestão de uma continuidade na historia.é claro que irei assistir os próximos Batman que vierem,mas reforço minha opinião:sem Ledger,será apenas mais uma boa diversão

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Cinema, pizza e pilantragem

Após 2 merecidos meses de férias, retorno do tempo em que fiquei offline, tendo assistido pouquíssimos filmes devido a estudos paralelos. A vontade era de assistir uns 10 em cartaz, mas infelizmente não deu. Bom, finalmente de volta ao mundo real, ou o que o valha, começo as aulas de roteiro e documentário pela exibição do filme Wilson Simonal “Ninguém sabe o duro que dei”, dirigido por Micael Langer, Calvito Leral e Cláudio Manoel (2009).
É incrível como o início de um filme, seja lá qual for, sempre me causa o mesmo frio na barriga, ante a experiência em perspectiva. O que será que vai acontecer comigo, quais caminhos vou percorrer, quantas estradas vão se abrir na exibição de imagens ali na minha frente?Mesmo já tendo assistido o filme no Festival do Rio, um filme é uma experiência do tempo, sempre outro a cada exibição, porque somos sempre diferentes. E assim foi Simonal para mim naquele momento. Na posição confortável de quem já sabia o que ia se passar, eu pude voltar minha percepção à reação da plateia com a história que efetivamente não conheciam. Das conversas abafadas num ambiente mais informal que no cinema padrão, a epopeia do artista foi tomando conta dos espaços, forçando os silêncios, não é todo dia que se vê um cantor comandar com maestria 30 mil pessoas, num coral tão impossível quanto real.
E assim, sua trajetória sobrepõe-se ao riso, ganha importância, impõe sua presença na história do cara pobre que ganhou o mundo em músicas suingadas e simples, sem falsas ilusões ou promessas. Simonal é o que é, canta porque é seu modo de comunicação fundamental e ele o faz com absurda competência, como se transformado em um potente veículo de comunicação de massa pela grandeza de seus acordes e pela simpatia de seus gestos.
Além disso, a estrutura do documentário foi construída com base em Motion Graphics, a genial tecnologia de mover, manipular e recortar imagens,tornando-as animadas e formando novas composições estéticas,para além da mera exibição de fotos.Os depoimentos coroam o conjunto. São emocionados, viscerais, dolorosos. Quase que como se todos vissem o personagem principal de novo materializado e tentassem reter sua presença, como se sentissem responsáveis por sua morte. No fundo do auditório, aqui na plateia, já se ouve fungar de narizes em alguns cantos. É a história que bate em nossos rostos com o tema de uma grande injustiça. Onde estava a história desse cantor tão grande em sua trajetória, que foi extraída da grande mídia?Que condenação pode ser maior a um artista do que o ostracismo?
O filme não busca condenação para o episódio em que Simonal, por diferenças com seu contador, supostamente mandou dois homens (que seriam do exército) darem uma surra nele. O roteiro inclui inclusive o depoimento do próprio contador, registrando a ocorrência do que foi um caso de tortura, uma vez que ele foi levado aos porões do DOPS e supliciado pela máquina repressora do Estado.
Não é papel da narrativa inocentar Simonal. O principal réu é a mídia, questionada da falta de apuração sobre a suspeita de Simonal ser informante do Dops e o silêncio retumbante que se fez, principalmente entre a classe artística, uma vez que o cantor fora despojado de sua fama e carreira. A mídia enterrou o cadáver, mas o homem ainda estava vivo.
É disso que fala o documentário. Que poder é esse que impede alguém de continuar vivo, sejam quais forem as acusações contra ele?No final, a dor maior é pensar que o conhecimento tardio de sua obra não apaga a lacuna de 20 anos esquecimento, nem cura a mágoa dos amigos e familiares.
O papel do cinema então é o do mensageiro, que vem à luz trazer a notícia de que houve um dia um homem morto em vida pelos caprichos da mídia. É a contra-mediação, a mediação do cinema questionando a midiatização corporativa dos veículos de imprensa dos anos 60 a 90, que calaram por sobre uma injustiça que deviam, por princípio, combater. Culpado,ou inocente, Simonal era um artista e dois grandes.Sua ausência no cenário cultural é um absurdo que a produção do filme e os familiares do cantor tentaram combater.A julgar pela pequena plateia de olhos vermelhos no final da exibição, conseguiram seu intento.Para coroar a noite,fizemos uma rodada de pizzas no pátio da faculdade, afinal não só de ideias vive o homem.Não podia haver modo melhor de recomeçar o semestre.

domingo, 27 de maio de 2012

"- Gravando!"

A luz que não dá, o roteiro que não está pronto, os objetos de cena que não arranjamos e o elenco que não está escolhido. Assim foi o primeiro curta metragem da minha vida.Até o momento em que se diz "gravando” a primeira vez, tudo parece um grande trabalho escolar, com o diferencial que existem muito mais pessoas envolvidas e muito mais elementos que podem dar errado ou simplesmente não funcionar.Fazer um filme é contar uma história que provavelmente não será original com elementos visuais que a façam única para aqueles que vão assistí-la,o público em questão.Para quem entra num cinema ou escolhe um DVD provavelmente a ideia de fazer um filme fica no patamar das mágicas que assistimos vez por outra, onde alguém por trás dos bastidores vai realizar algo incrível em que com certeza iremos acreditar, ou não, mas de qualquer formar nos convidará a viajar com ele. Do lado de cá da câmera o buraco é mais embaixo: o mágico é você.Pelas suas mãos ou olhar,passará cada detalhe escondido nas linhas de um roteiro e é preciso ser fiel ao máximo à narrativa que se escolheu.Se, de início, o mais difícil era pensar na locação, uma vez lá existem mil fatores a serem observados.Precisamos diminuir a luz para que o ambiente torne-se escuro e assim, melancólico.Precisamos usar lâmpadas na cor certa para dar o tom de tristeza ou emoção que a cena exige. Precisamos registrar a passagem do tempo em cada folha acrescentada à pilha que fica ao lado do personagem-escritor, que trai a mulher e é abandonado por ela.Precisamos ainda encontrar o tom certo para que a história não descambe para um dramalhão ou uma comédia rasgada.Deixemos os risos(sempre nervosos)para as ótimas tiradas do elenco, nos cacos de encenação que renderiam um outro filme, de tão bons.Não estamos no centro da ação, mas a ansiedade é absurda. Quando o elenco vai chegando vemos entrar um a um os personagens da história que queremos contar. São respectivamente a mulher e a amante do escritor e ele próprio, sentados conosco na sala discutindo a melhor forma de trabalhar. Contar uma história no cinema é amarrar juntas as mãos de todos os participantes da equipe.Estamos todos,ao mesmo tempo, filmando, atuando, dirigindo, cuidando da luz e maquiando os atores. E, além disso, todos os detalhes são de responsabilidade de cada um da equipe. Desde o batom vermelho que marca a história toda até a fresta de luz que fica na área do apartamento de um dos membros do grupo, para provável desespero dos pais dela se soubessem a quantidade de gente que se acotovelou por horas em sua casa. Durante o dia todo nos contorcemos e nos esprememos em pequenos espaços para que ela pudesse reinar absoluta: a câmera. É ela que concentra nossos olhares e quando ela é ligada é preciso que interrompamos conversas e até a respiração para que tudo possa sair direito. Respirar também é a tarefa da atriz que faz a esposa traída, para encontrar o tom certo de raiva .Uma preparação de elenco é simulada no corredor e ser mantida presa por alguns minutos é o suficiente para que, de um rosto angelical, saia uma torrente de palavrões ditos na cadência tão certa que chegou a arrepiar. Irrompemos em palmas, entusiasmados.Igualmente perfeita é a entrada da amante, interagindo com o ótimo ator no papel do escritor, fumando um cigarro atrás do outro(o ator não fumava e parecia ter anos de tabagismo nas costas). Ao retirar o sobretudo a atriz surpreende seu companheiro de cena e a nós, agindo com tanta naturalidade que não era preciso dirigi-la.As cenas iam se sucedendo e tudo o que queríamos era que durasse para sempre, mas que acabasse logo.Havia a preocupação do calor e da fumaça e o cansaço do dia inteiro de gravações que podia atrapalhar a ação dos atores, a parte mais sensível do processo, uma vez que contribuem com suas emoções, mergulhando nos personagens quase sem tempo para respirar. No final de tudo, fica um gostinho de quero mais, uma ansiedade quanto ao resultado das imagens e um vinculo enorme com todas aquelas pessoas que passaram o dia entre “corta”, ”gravando” e “valeu”. Valeu mesmo,para todos nós.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Olhares de Walter Salles

Pensar em Walter Salles é pensar na infinita sensibilidade que desconstroi sentidos nas imagens que enquadra em seus filmes.Ontem na aula de teoria da linguagem,assistimos um trecho de Terra Estrangeira,filme do diretor,de 1995,que retrata o exílio em todas as suas definiçoes,enquanto delineia encontros e desencontos numa narrativa densa e coroada por um magistral preto e branco.Na historia,Manuela,a personagem de Laura Cardoso incute no filho o sonho de conhecer sua terra natal em Portugal,com o confisco das poupanças pelo plano Collor,Manuela morre ,o que leva Paco em busca de seu lugar,num exílio permeado de descobertas sobre si mesmo e sobre a realidade que escolheu para viver.Mais do que pensar na história,o depoimento de Walter Salles convida a um mergulho na imagem que deu origem à história,um barco naufragado em plena praia .Todo o universo que se criou a partir de uma pintura visualizada por ele em um singelo passeio às margens do Rio Sena,foram uma sucessao de imagens construidas por sua absurda capacidade de construir sentido e pintar cenários a partir de seu olhar para o mundo.O filme é belíssimo,mas a linguagem de Walter Salles ainda o é mais. Terra Estrangeira-Trecho http://www.terra.com.br/cinema/drama/terraest.htm

terça-feira, 22 de maio de 2012

da magia à razão

Sei la,ando tao apaixonada pelos antigos diretores de cinema como Griffith e Rosselini que acabei me afastando um pouco da tecnologia do blog..kkkkkkkkkkkkk...Muita coisa para falar...tive minha primeira aula prática de câmera e foi maravilhoso...É realmente uma espécie de dança que se executa,na medida em que o câmera vai focalizando seu assunto,com o máximo cuidado em não balançar a câmera.Descobri que existem milhares de tipos de cÂmeras,das mais simples que cabem numa mochila,a acoplada a um carro,como uma visao do transformers..rs...Descobri que,em cada sequencia,uma infinidade de fatores determina a precisao e sensibilidade com que uma historia sera contada.É realmente uma industria poderosa,essa de criar universos com imagens e sei que,ao travar contato com as câmeras,me senti infinitamente em casa...rs..

sábado, 21 de abril de 2012

A primeira vez


Vídeo-Mito da Caverna
A primeira vez a gente nunca esquece..Passei dias de terror com a perspectiva de apresentar meu primeiro trabalho.A ideia era usar pinturas e vídeos para contar uma história.Escolhi o Mito da Caverna para comparar a época medieval e o Renascimento,no que diz respeito à construção do conhecimento.Ignoremos o fato de que a racionalidade levou ao nazismo e blablablá.o fato é que pensar por si,sem a mediação da igreja,foi o ponto de partida para uma série de teorias sobre a sociedade e o homem.Essa história,da humanidade presa em uma caverna,sem ver o mundo e,de repente,um prisioneiro liberto,conhecendo a realidade,sempre me apaixonou..O vídeo ficou simples,mas a sensação de vê-lo sendo exibido numa sala escura é indescritivel,magica,viciante...

sábado, 7 de abril de 2012

Crítica:Heleno em campo


Antes de começar aviso que este não é nem pretende ser um texto sobre futebol. Se fosse, eu estaria enganando a todos aqueles que vierem a ler essas palavras um dia e a mim mesma. Não, esse texto se refere à paixão, combustível essencial do filme Heleno, tema sobre o qual me debruço recém saída da sala de exibição. De fato, antes de assistir sua história eu não tinha a menor ideia de quem havia sido Heleno de Freitas, a não ser as poucas informações que a publicidade do filme divulgara: jogador, boêmio e temperamental eram as características que chegaram até mim e que de fato correspondiam ao personagem principal.
Sim, Heleno fora um instável craque do Botafogo da década de 40, viciado em mulheres e éter, intenso e controverso até o final de sua vida. Mas o filme não somente relata sua história,dramática como devem ser as vidas de todos aqueles que as vivem pelo viés da paixão.Em vez disso delineia os traços de um personagem que penetra por nossas retinas e se cola ao imaginário do público de forma tal que é impossível passar indiferente a ele.Logo na primeira cena,o espectador se depara com um Rodrigo Santoro extremamente envelhecido em um big close(o ator emagreceu 12 quilos para o papel),tão preso ao seu tempo passado como às rodas de sua cadeira,embrulhado em um velho roupão e chinelos com meias,mãos magras e enegrecidas,rasgando seus recortes de jornal.
É um soco no estômago para aqueles(as)que chegaram ao cinema esperando encontrar Rodrigo Santoro em sua mais bela forma física.Ali não há um galã,há um ator em pleno exercício de entrega com seu personagem.Naquele momento Heleno expulsa Rodrigo da cena e toma todos os espaços.O olhar do ex-jogador se perde e o público compreende que a narrativa vai começar,desfiando o rosário de suas desventuras.É preciso ressaltar o acerto na escolha de viver Heleno em preto e branco,trazendo de volta o glamour dos anos dourados.A câmera se move em direção a um campo de futebol,onde o jogador,em meio a uma torrencial chuva,dribla companheiros e adversários na busca de um gol.A fotografia é primorosa e é possível acompanhar cada detalhe da movimentação dos jogadores com impecáveis tomadas.Ao deparar-se com um Heleno jovem,belo e incontrolável é pesaroso voltar ao personagem do presente na narrativa,magro e estático e é um susto constatar que se trata do mesmo ator.
É importante ressaltar que a escolha de realizar grande parte das filmagens em close, sugere a necessidade de mergulhar no universo do jogador, registrar seus sentimentos mais profundos, sofrer como ele e vibrar com seus rompantes, quase como se, com a aproximação da câmera, o diretor sugerisse que nos colocássemos, público, na linha de frente do campo, junto com Heleno. É impossível não tomar partido e identificar-se com o ser humano que berra,sofre,joga,cai e se levanta,delineado pela luz do projetor.
A história avança e o jogador caminha em direção a sua epopeia, encontrando as mulheres de sua vida e as dificuldades dentro do Botafogo, muito em parte causadas por sua indisciplina e irritabilidade. Mas quando Heleno avança,é impossível não se encantar com seus gestos e entender a magia que cerca o personagem,jogando bola na praia de Copacabana .Na trama,o jogador vai fazer par romântico com uma belíssima Aline Morais(Silvia),mas arrebatar muitas outras saias (e inimigos também)ao longo de todo o filme.Entre um encontro e um jogo,o drama do vício em éter e da sífilis perpassam a história, assim como a traição de Silvia e a decadência sucessiva de Heleno, migrando de clube em clube até o completo ostracismo.Em todo o tempo do filme o contraste entre o personagem jovem e o Heleno do fim da vida,confinado a um sanatório para doentes mentais, causa choque,como se a intenção do diretor fosse mesmo conflitar passado e presente,como forma de delinear o caráter breve da vida do jogador.Seus destemperos,sua paixão desmedida pelo Botafogo e seus tropeços constroem um personagem sedutor,mesmo aos não amantes do futebol.
O que se vê na tela não é somente um jogador, magicamente retratado pelas lentes fantásticas de Walter Carvalho, mas um ser humano nitidamente factível de existir,construído com base unicamente na paixão.É impossível também deixar de comparar a história de Heleno com as notícias esportivas dos dias atuais,comparando-o os mega jogadores apoiados somente pelo marketing de seus times .Heleno não faz concessões,não aceita regras,impõe seus gestos e sofre as conseqüências de suas ações.É intenso e desmedido e leva essas características até seus últimos momentos,esquecido na clínica de repouso,sendo cuidado por um enfermeiro (Maurício Tizumba )que muitas vezes rouba a cena,em tiradas hilárias.São dele as horas mais fraternas do personagem, em seus últimos momentos.
Heleno não é, enfim, um filme sobre futebol,o que pode incomodar muitos amantes do Botafogo.É um filme sobre um jogador e seus dramas pessoais,magistralmente retratados pela perfeita fotografia de Walter Carvalho e atuação visceral (e surpreendente) de Rodrigo Santoro.